Em um clima de muito axé foi celebrado o Dia da Consciência Negra com mais uma edição do Viva Zumbi. Já são dez anos de resistência na praça Leoni Ramos na Cantareira, onde cerca de 6 mil pessoas são esperadas ao longo do dia. Um dia reservado ao diálogo pela igualdade racial, manifestações da cultura negra e experiências e interações étnicos-culturais. A 10ª edição teve como homenageada a vereadora Marielle Franco, assassinada em março deste ano.
O evento, que começou às 10h, e é gratuito, teve um ato ecumênico em memória das vítimas do deslizamento no Morro da Boa Esperança, em Piratininga, no dia 10 de novembro deste ano. A comemoração segue com roda de capoeira, exposição de fotos, dança afro, tenda literária, Feira de Baobá, show com o Grupo Degradê e com as sambistas do Moça Prosa, e uma feijoada gratuita que está sendo oferecida, inclusive, os moradores em situação de rua da região. A festa vai até à 0h quando se encerra com o show do grupo Fundo de Quintal.
De acordo com a vereadora Verônica Lima, uma das idealizadoras, o importante é a mensagem que o evento quer passar para as pessoas. "Dialogar a igualdade racial é muito importante para travar e continuar a nossa luta diária. As políticas de igualdade social precisam crescer, já que mais da metade dos brasileiros são negros. O importante é fincar a nossa bandeira e a nossa presença. Celebrar a nossa cultura negra e mostrar que ainda há muita luta pela frente, mas não estamos aqui para desistir. Somos resistência e sempre seremos", explica a secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Verônica Lima.
O evento é realizado pela ONG Cidadania em Movimento, com apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, da Secretaria Municipal de Cultura, do Movimento Negro Unificado e da ONG Sete Cores.
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